sexta-feira, 22 de maio de 2015

Arquivo Histórico da Terra

Fósseis

     São restos, marcas ou vestígios de seres vivos que viveram em épocas muito recuadas e que ficaram preservados nos sedimentos em que viveram. Icnofósseis, são as marcas e vestígios, como por exemplo, os moldes, pegadas, ovos, cropólitos, túneis escavados pelos seres vivos, etc, são muito importantes para reconstituir paleoambientes, pois representam o comportamento dos seres vivos e o fóssil é encontrado no local onde se formou. Somatofóssil, são os restos dos seres vivos, como por exemplo, restos de troncos, ossos, conchas, folhas, dentes, etc, são muito importantes para conhecer a espécie mas não tão importantes para o conhecimento do paleoambiente, pois quando ascende à superfície e sofre erosão podem sofrer transporte e não se encontrarem no local onde foram formados. 
   A fossilização resulta da ação combinada de processos físicos, químicos e biológicos. Para que ocorra são necessárias algumas condições, como o ser ou vestígio do ser, ter de ser de imediato enterrado e ausência de ação bacteriana decompondo os tecidos.

Tipos de Fossilização

  • Incrustação: Ocorre quando substâncias trazidas pelas águas que se infiltram no subsolo e se depositam em torno do animal ou planta, revestindo-o, como por exemplo acontece em animais que morreram no interior de cavernas.
  • Mineralização: Ocorre quando substâncias minerais são depositadas em cavidades existentes em ossos e troncos. É assim que se forma a madeira petrificada.
  • Recristalização: Ocorre quando se dá um rearranjo da estrutura cristalina de um mineral, dando-lhe mais estabilidade, como por exemplo a transformação de aragonite em calcite.
  • Carbonização ou Incarbonização: Ocorre quando há perda de substâncias voláteis restando uma película de carbono. É mais frequente nos restos de seres vivos contendo quitina, celulose ou queratina.
  • Mumificação: Ocorre quando o ser vivo ficou aprisionado em âmbar ou em gelo. É o mais raro de todos os tipos de fossilização, mas devido ao âmbar e ao gelo, o ser vivo conserva as suas partes moles, dando-nos informações preciosas à cerca do ser vivo. 
  • Moldagem: Processo mais vulgar, resulta do preenchimento interno das partes duras do ser vivo por sedimentos, ou da moldagem da parte externa das partes duras do ser vivo. 
  • Marca ou impressão: Ocorre a conservação de vestígios dos seres vivos, como pegadas, marcas de folhas etc.


Fósseis característicos ou de idade


Fóssil de idade: É um fóssil que nos fornece indicações quanto à idade dos sedimentos. São os fósseis usados na geocronologia que pode ser feita de duas formas, ou usando os princípios que relacionam a idade dos estratos utilizando os conceitos: anterior, contemporâneo e posterior, relacionados com o padrão geométricos que os estratos apresentam, e isto é a geocronologia relativa, ou usando os métodos de datação radiométrica que consistem em medir a proporção de dois isótopos radiativos relacionados, presentes nas rochas, e isto é a geocronologia absoluta.

  • Princípio de sobreposição: a camada que está por baixo é sempre mais antiga que a que está por cima desde que não haja deformações geológicas (dobras e falhas que podem causar inversões de camadas). 
  • Princípio da intercepção:  Todas as estruturas que intersetam formações (intrusões magmáticas, falhas) são mais recentes.
  • Princípio da inclusão: Um fragmento que incorpora num outro é mais recente.
  • Princípio de continuidade lateral: Permite estabelecer correlação de idades e de posição entre estratos localizados em lugares eventualmente distanciados.
  • Princípio da identidade paleontológica: estratos que contenham o mesmo tipo de fósseis, tiveram a sua origem em ambientes semelhantes.

Fósseis de ambiente ou de fácies: Fornecem-nos informações sobre as  características do ambiente em que viveram e do ambiente de formação das rochas que os contem. Permitem fazer reconstituições geográficas. Dão-nos o ambiente de formação das rochas sedimentares que se dividem em três domínios: marinhos, continentais e de transição.

     Com o método de datação relativo, apenas as rochas com fósseis se pode fazer uma datação, no entanto os registos fósseis são apenas uma nona parte da idade da Terra.
     Com o método radiométrico é possível datar as rochas e fazer uma geocronologia expressa em Ma, permitindo ao geólogo criar a escala do tempo geológicofazendo a  geocronologia a partir de escalas estratigráfica.
     A escala divide a Terra em divisões: éons, períodos, andares, e outras subdivisões. Ao contrário da escala do tempo que o homem usa, o ano, a escala geológica não está divida em períodos de tempo regulares, ou seja, cada divisão não tem o mesmo número de dias. As divisões da Terra são marcadas por acontecimentos marcantes, como aparecimento da vida, extinção em massa das espécies, proliferação e evolução de espécies.

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