terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Sistemática dos seres vivos

Sistemas de classificação práticos: são sistemas criados para satisfazer as necessidades básicas.
Sistemática: Ciência que estuda os seres vivos, as suas relações evolutivas, desenvolvendo sistemas de classificações.
Taxonomia: O ramos da sistemática que se dedica ao desenvolvimento dos sistemas de classificação.

Aristóteles

      Apresentou um sistema de classificação em que dividiu os seres e dois reinos: reino dos animais (móveis) e reino das plantas (imóveis). Essa classificação baseia-se em semelhanças estruturais. Os animais são divididos em dois grandes grupos: enaima (sangue vermelho, vertebrados) e os anaima (sem sangue vermelho, invertebrados).

Lineu

      Criou um sistema de classificação para os animais e plantas em que se baseava em carateres apresentados pelos organismos. Este tipo de sistemas, chamam-se sistemas de classificação racionais e por terem em consideração um pequeno número de caraterísticas, "metendo no mesmo saco" um grande número de seres vivos num número reduzido de grupos, dizem-se também classificação artificial. Preocupou-se em fazer em que as relações e afinidades naturais entre seres vivos tivesse expressa.

Classificações Naturais: Têm um maior número de caraterísticas, e os grupos formados reúnem um maior número de indivíduos com um maior número de semelhanças.
Classificações horizontais: Os seres eram imutáveis as classificações estáticas e as caraterísticas avaliadas eram as estruturais.

Darwin

       Os seres eram resultada de evolução e apresentavam grau de parentesco mais ou menos próximos. O factor tempo era importante e a natureza passou a ser considerada dinâmica e faz com que estas classificações sejam consideradas sistemas de classificação verticais. As classificações pós-darwinianas passaram a refletir o grau de parentesco entre as espécies e podem representar-se por árvores filogenéticas. As semelhanças entre seres derivam de um ancestral comum, a partir do qual os grupos divergem no tempo, sendo esta divergência maior quanto maior for o período de tempo que decorreu. Na construção das árvores filogenéticas são feitas através de uma série de dados.
        As classificações filogenéticas são também designadas por evoluditvas filéticas ou cladísticos, pretendem traduzir as relações entre seres vivos, com rigor, tendo em conta a história evolutiva. Para esta classificação existem dois tipos de caraterísticas nos seres vivos a ter em conta: 
  • Primitivas, ancestrais ou plesiomórficas: que são as caraterísticas presentes em todos os organismos de um grupo que indicam o ancestral comum;
  • Evoluídas, derivadas ou apomórficas: questão as caraterísticas que estão presentes num grupo mas não estão no ancestral comum ao grupo.

Existem vários exemplos de classificação:
  • Critérios Paleontológicos: Os fósseis são muito importante nas árvores evolutivas, pois permite conhecer o ancestral comum. Permite conhecer grupos de seres vivos extintos e correlacioná-los com os que existem atualmente.
  • Critérios Morfológicos: A morfologia pode ser muito diferente entre seres vivos da mesma espécie e ser semelhante entre seres vivos de espécies diferentes. Quando na mesma espécie há morfologia diferente diz-se que a espécie apresenta polimorfismo.
  • Simetria Corporal: Uns seres apresentam simetria bilateral, outros, simetria radial e outros são assimétricos.
  • Tipos de Nutrição: Os seres autotróficos são os seres que produzem a matéria orgânica a partir do CO2 ou do CO e os seres heterotróficos são consumidores e utilizam diretamente ou indiretamente a matéria sintetizada pelos produtores. Quanto à fonte de energia os seres podem classificar-se em: fototróficos, se utilizam a energia luminosa para produzirem a matéria orgânica, estes podem ser fotoautotróficos (utilizam o CO2 como fonte de carbono) e fotoeterotróficos (utilizam os compostos orgânicos como fonte de carbono); quimiotróficos, se utilizam produtos químicos para produzirem a matéria orgânica, nestes existem os quimiautotróficos (conseguem produzir matéria orgânica) e os quimioeterotróficos (utilizam matéria orgânica).

     O seres produtores do ecossistema são os seres fotoautotróficos e os quimioautotróficosNos heterotróficos há dois processos a ter me conta para a classificação dos seres vivos relativos à nutrição: ingestão, que pode ser intracorporal (se o alimento é digerido no interior do organismo, e neste caso de ingestão, digestão pode ser intracelular se ocorrer dentro da própria célula e extracelular se a digestão ocorrer em órgãos especializados); absorção, o ser vivo lança enzimas digestivas para o exterior e as substâncias orgânicas são simplificadas, digestão extracorporal.
  • Nível de organização Estrutural: Os seres vivos dividem-se em procariontes (ser que não tem núcleo individualizado nem estruturas endomembranares) e eucariontes (têm o núcleo individualizado e estruturas revestidas por membranas), unicelulares (seres constituídos apenas por uma célula) e multicelulares (seres contituídos por mais que uma célula), indiferenciados (os mais simples podem não ter tecidos, as células não se diferenciam) e diferenciados (os mais complexos, as células diferenciam-se e originam tecidos que se organizam em órgãos e que formam sistemas).
  • Critérios Etológicos: A etologia é o estudo dos comportamentos animais. Determinadas caraterísticas etológicas são úteis para a classificação dos animais.
  • Critérios Bioquímicos: Estão diretamente relacionados com a genética e com eles estabelecem-se relações de parentesco quando é analisado a sequência dos aminoácidos numa proteína ou nos nucleótidos no DNA mitocondrial, cromossómico ou RNA ribossómico.
  • Critérios da Cariologia: Consiste no estudo dos cariótipos dos seres vivos. O cariótipo representa o número de cromossomas que uma célula somática tem.
  • Critérios da Embriologia: É um critério muito importante e consiste no estudo embrionário dos seres vivos, mas à medida que o embrião se desenvolve as semelhanças diminuem.

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