quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Reprodução

      A reprodução é o conjunto de processos pelos quais se originam novos seres vivos idênticos a si e que permite a continuidade da espécie. Os vários processos de reprodução podem-se agrupar em dois tipos: reprodução assexuada e reprodução sexuada.

Reprodução assexuada

     A reprodução assexuada é quando um único progenitor dá origem a um conjunto de indivíduos idênticos geneticamente a que também se pode chamar de clones. Não há neste tipo de reprodução, células sexuais e está associada à divisão celular, a mitose. Este tipo de reprodução não leva à diversidade genética das populações, pois os descendentes são idênticos aos progenitores. Envolve a união de dois seres, através da união de duas células sexuais (gametas) formadas através de um fenómeno, a meiose.



Bipartição ou Cissiparidade: Ocorre a divisão longitudinal do organismo. Um indivíduo unicelular divide-se em dois idênticos e mais pequenos que o progenitor e depois crescem até atingir o seu tamanho. Dá-se a replicação do DNA. Exemplo de alguns seres: bactérias e protozoários (paramécia, amiba).

Divisão múltipla ou Pluripartição ou Esquizogonia: Ocorre em protozoários e em alguns fungos. O núcleo da célula-mãe divide-se e rodeia-se de uma porção de citoplasma e de uma membrana e quando a membrana da célula-mãe rompe , as células filhas são libertadas. Exemplo de seres: o Plasmodium, a amiba...
Fragmentação: O indivíduo divide-se em várias porções. Tem como exemplos de seres a estrela do mar, a planária, minhoca, anémona...

Gemulação ou gemipartidade: Ocorre quando aparece uma dilatação na superfície da célula, gema, gémula ou gomo. O gomo irá crescer e mantém a mesma aparência que o seu progenitor mas de uma menor dimensão e de seguida separa-se. Exemplo de alguns seres: unicelulares como a hidra, leveduras e pluricelulares como a anémona, a esponja...


Partenogénese: É um processo de crescimento e desenvolvimento de um indivíduo sem que ocorra a fertilização, ou seja, ocorre a partir de um óvulo não fertilizado. Há apenas a participação do gâmeta feminino. Exemplo de alguns seres: pulgões, abelhas, alguns peixes, anfíbios e répteis.

Esporulação: Formam células especializadas, os esporos assexuais formados através da mitose e que são libertados no ambiente e germinam ao encontrar condições favoráveis. O esporo origina um novo indivíduo geneticamente idêntico àquele que o produziu. Neste processo pdemos ter endósporos e o processo ocorre  nos esporângios, ou exósporos onde o processo relaiza-se nas hifas.


Multiplicação Vegetativa: É um processo semelhante à fragmentação mas exclusivo das plantas que a partir de estruturas ou partes da planta são capazes de gerar uma nova planta. A multiplicação pode ser:
     Multiplicação natural onde se formam novas plantas a partir de partes da planta-mãe:


  • Rizomas: Certas plantas, como o feto, o lírio e o bambu, possuem caules subterrâneos denominados por rizomas. Mesmo que a parte aérea morra, os rizomas permitem que a planta sobreviva em condições desfavoráveis. Estes podem alongar-se e formar novas palntas.
  • Tubérculos: São caules subterrâneos entumecidos (velumosos), ricos em substâncias de reserva e que possuem gomos com capacidade germinativa e que irão originar novas plantas.

  • Bolbos: São caules subterrâneos verticais constituídos por "escamas", cada uma delas poderá originar uma nova planta. 

  • Estolhos: Algumas plantas produzem caules aéreos horizontais que partem do caule principal e irão originar plantas-filhas que são alimentadas pela planta-mãe. Assim os estolhos criam raízes e folhas e a planta-mãe seca e a filha torna-se independente.

  • Réplicas ou por folha: As pequenas plântulas criadas na extremidade da folha caem no solo e criam raízes. Há plantas que criam brotos nas suas folhas e depois esses brotos caem na e imediatamente soltam raízes e começam a crescer.
     
     Multiplicação artificial onde se formam novas plantas a partir de ação humana:

  • Estacaria: Consiste na introdução de ramos e caules que em contato com o solo surgem neles órgãos necessários para originar uma nova planta.

  • Mergulhia: Consiste no enraizamento de uma parte da planta que se pretende propagar. Após a criação de raízes, procede-se ao destacamento da mesma para obtenção de matéria.

  • Alporquia: É um tipo de mergulhia, mas em que não há ramos flexíveis. O ramo é envolvido por plástico até ganhar raízes.

  • Enxertia: Dá-se a união de tecidos de duas plantar, formando-se uma planta constituída por duas partes, o enxerto que é a parte superior que irá dar os frutos e o porta-enxerto que é a parte inferior que constitui a parte radicular. Há três tipos de propagação por enxeria: o garfo, a burbulha e o encosto. 


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