Trocas gasosas em seres multicelulares
A vida aeróbia exige um fluxo constante de oxigénio e de libertação do dióxido de carbono. Enquanto que nos seres unicelulares a troca é feita através da membrana do organismo, nos pluri ou multicelulares a forma como efetuam a troca, vai depender da complexidade do ser e das condições do seu habitat.Para seres vivos complexos a razão entre a área superficial e o volume é muito pequena, logo terão que existir estruturas respiratórias especializadas.O processo físico responsável pelas trocas é a difusão.
A maior parte dos animais terrestres e as plantas têm a sua superfície impermeabilizada, porque as células expostas ao ar, perdiam água e o ser desidratava. Nas plantas a cutina nas paredes celulares reduz a transpiração e a disposição compacta das células e a Cutícula que dá estrutura impermeabilizam a superfície. Nos animais, através da impermeabilização da superfície com queratina (ex: Homem) e quitina (ex: insetos), os seres ficam defendidos da desidratação.
Mas da mesma forma que não permite que a água saia, a impermeabilização da superfície dificulta a difusão dos gases e é esta é uma das razões para que existam as superfícies permeáveis onde se realiza a difusão.
Nas Plantas:
As plantas têm o estoma que
é a estrutura que lhes permite a troca gasosa. As
plantas fazem a respiração aeróbica e a fotossíntese. Na
respiração consomem o O2 mas
como durante o dia o libertam na fotossíntese, este é mais que suficiente para
a respiração. Na
consequência
da respiração libertam o CO2, que durante o dia, vai utilizado
para a fotossíntese (fase escura). O
dióxido
de carbono libertado não é suficiente e as plantas têm de absorvê-lo, também,
durante o dia. Durante
a noite a planta faz a respiração aeróbica
mas não faz a fotossíntese, pelo que tem de absorver o oxigénio
e libertar o dióxido de carbono, tal como nos animais. Estes
dois
gases vão ser absorvidos pela difusão. É
através do estoma que se realizam as trocas gasosas.
Na planta, os estomas controlam a quantidade de água perdida pela transpiração nas plantas. Os estomas estão sempre
"revestidos" por água que vem das raízes. As células guarda são
constituídas por uma parede que é mais espessa no local que revestem o ostíolo. Quando as células estão turgidas
(cheias de água nos seus vacúolos), as células deformam-se, expandem-se no
sentido das paredes mais finas das células guarda, pressão de turgência,
fazendo que o ostíolo abra. Quando a pressão de turgência
diminui (os vacúolos diminuem o seu volume) e fecha-se o ostíolo. A pressão de turgência das células
guarda depende de vários fatores como por exemplo:
- o Ph do meio;
- humidade do ar (pouca humidade abre o estoma);
- concentrações de iões;
- o dióxido de carbono (concentrações de CO2 leva ao fecho do estoma);
- a intensidade luminosa (estoma aberto com luz e fecha sem luz).
Os iões potássio entram
nas células guarda por transporte ativo e
a água entra
por osmose
e a célula fica turgida e o estoma abre. Quando
os iões potássio saem por difusão saem a
água sai por osmose o estoma fecha. Os estomas regulam as trocas relativas à fotossíntese e transpiração mas também as trocas gasosas. O espaço preenchido por ar entre as células também facilita a
troca de gases, formando um circuito de ar.
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