Evolução Biológica
Existem duas grandes correntes para explicar a origem e diversidade da espécie, o fixismo e o evolucionismo, que é a teoria que tem mais aceitação.
Platão acreditava em dois mundos:
- O Perfeito: um mundo de ideias, real e eterno em que todos os seres vivos estavam adaptados de forma ideal ao meio ambiente, sem lugar para mudanças, o fixismo;
- O Imperfeito: era um mundo ilusório, percecionado pelos nossos sentidos.
Geração Espontânea
Os seres vivos podiam-se organizar numa escala hierárquica do ser mais simples para o mais complexo e em que o Homem estava no topo dessa hierarquia. Era uma escala em que cada ser ocupava um lugar fixo.
Um pouco da história da geração espontânea:
- Jan Van Helmont (1577-1644): Foi um dos primeiros cientistas a realizar experiências sobre a geração espontânea. "As criaturas tais como os piolhos, carrapatos, e larvas são nossos miseráveis hóspedes e vizinhos, porém nascem de nossas entranhas e excrementos. Porque se colocarmos roupa íntima cheia de suor com trigo num recipiente com uma grande abertura, ao cabo de vinte dias o cheiro se altera, e o fermento, surgindo da roupa íntima e penetrando por meio das cascas de trigo, transforma o trigo em ratos."
- Francisco Redi (1626-1697): Publicou um livro no qual desenvolveu um experimento simples, que deu fim a um dos clássicos exemplos da geração espontânea. Para elucidar se era verdadeira a ideia de que as larvas surgiram por geração espontânea, Redi colocou carne de cobra recentemente morta no interior de um vaso de boca larga e estendeu uma gaze na abertura no qual, de modo que não havia possibilidade das moscas depositarem seus ovos sobre a carne, a qual, mesmo estragada não produzia qualquer tipo de larva. Era o fim da geração espontânea das moscas.
- Antonio Van Leeuwenhoek (1632-1723): Encontrou microrganismos vivos, os quais pareciam estar em toda parte, e dos quais não conseguiríamos nos livrar. Dessa forma, concluiu que, apesar das moscas e dos ratos não terem surgidos por geração espontânea, não seriam o caso dos micróbios, os quais certamente seguiram por caminho.
- Lázaro Spallanzani (1729-1799): colocou caldo de carneiro num recipiente. Logo em seguida deixou o caldo ferver, e durante a fervura tapou o gargalo do tubo, arrefeceu-o a seguir. Neste experimento não houve aparecimento de microorganismos. O seu trabalho centrou-se na investigação da teoria da geração espontânea. Com suas experiências, Spallanzani mostrou que os micróbios movem-se pelo ar e que podem ser eliminados por fervura.
- Louis Pasteur (1822-1895): Por meio de vários experimentos Pasteur demonstrou que todo ser vivo só pode proceder de outro ser vivo anterior. Era o fim da abiogênese. Pasteur colocou diversas infusões em balões de vidro, em contato com o ar. Alongou os pescoços dos balões à chama, de modo a que fizessem várias curvas. Ferveu os líquidos até que o vapor saísse livremente das extremidades estreitas dos balões. Verificou que, após o arrefecimento dos líquidos, estes permaneciam inalterados, tanto em odor como em sabor. No entanto, não se apresentavam contaminados por microrganismos. Quebrou alguns pescoços de balões, verificando que imediatamente os líquidos ficavam infestados de organismos. Concluiu, assim, que todos os microrganismos se formavam a partir de qualquer tipo de partícula sólida, transportada pelo ar. Nos balões intactos, a entrada lenta do ar pelos pescoços estreitos e encurvados provocava a deposição dessas partículas, impedindo a contaminação das infusões.
Criacionismo
Os seres vivos foram criados por ação divina, já descrito
no Livro dos Génesis, Bíblia. Como obra
divina os seres são perfeitos e estáveis ao longo do tempo. As imperfeições são
explicadas pela imperfeição e corrupção do mundo
Catatrofismo
George Couvier, propôs a Teoria do Catatrofismo. Esta teoria diz que determinados fenómenos catastróficos teriam provocado a morte dos seres vivos dos locais afetados e haveria de haver um novo povoamento de seres vindo de locais próximos das zonas afetadas. Cuvier fez estudos paleontológicos, justificava que os fósseis das várias camadas que se encontravam extintas, correspondiam a criações anteriores. Mas as suas ideias vieram a ser contestadas por Charles Lýell um defensor do uniformitarismo. Charles Lýell disse que os fenómenos atuais existiam no, a erosão nas rochas com fósseis, pela água e o vento, seria o fenómeno responsável pela ausência de fósseis em alguns estratos, um fenómeno lento e gradual, como todos os processos naturais. Acabou por concluir que as leis naturais são constantes no espaço e no tempo; os acontecimentos do passado devem ser explicados a partir da observação dos atuais, uma vez que as causas desses acontecimentos são as mesmas na atualidade; a maioria das alterações geológicas são lentas e graduais.
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