sábado, 24 de janeiro de 2015

Evolucionismo
     O Evolucionismo começa a ganhar força quando se admite que os seres vivos se alteram de forma lenta e gradual, ao longo dos tempos, originando novas espécies, tal como os restantes fenómenos naturais, do âmbito da geologia. 

  • Carl Von Linné: dedicou-se à classificação dos seres vivos, considerado por muitos, o pai da sistemática. O estudo incidia num estudo pormenorizado da morfologia dos seres vivos o que permitia o conhecimento de diferenças e semelhanças entre os seres vivos, incluindo relações de parentesco o que levava para Lineu e outros naturistas da época uma possível origem comum.
  • George Louis de Leclerc: desenvolveu um vasto estudo na análise e descrição da fauna e flora. Admitia que determinadas condições ambientais, como o clima e alimento poderiam ser a causa dessa degeneração.
     Existem vários argumentos que tiveram na base do evolucionismo:
  • Argumentos Paleontológicos: constata-se que existem fósseis que correspondem a seres já extintos o que contraria a imutabilidade dos seres vivos. Na observação de sequências de fósseis que ainda hoje têm o seu representante na biodiversidade atual, verificam-se modificações sofridas ao longo do tempo, evidenciando um processo evolutivo e consegue-se formar árvores filogenéticas. Podem-se observar outro tipo de fósseis intermédios, transição ou sintéticos, que possuem caraterísticas que correspondem a grupos distintos e que nos permitem perceber que existe uma transição de um grupo para outro.
  • Argumentos Analógicos: estuda as semelhanças e diferenças morfológicas dos seres vivos. Tem fornecido dados que apoiam o evolucionismo através do conhecimento de: órgãos análogos, órgãos que têm origem diferente mas as mesmas funções sofrendo de evolução convergente; órgãos hamólogos, órgãos que têm a mesma origem mas funções diferentes, sofrem evolução divergente; órgãos vestigiais, órgãos que resultam do atrofiamento de um órgão primitivamente desenvolvido.
órgãos análogos

 órgãos homólogos


  • Argumentos bioquímicos: estes argumentos reforçam a ideia da origem comum dos seres vivos dos diferentes reinos e baseiam-se em: todos os organismos são constituídos pelo mesmo tipo de biomoléculas; o facto do DNA e RNA serem a base da síntese proteica, comum aos seres vivos, como o funcionamento das enzimas e processos respiratórios. Embora todos os seres vivos apresentem as mesmas biomoléculas, os estudos bioquímicos, dizem-nos que quanto maior a proximidade de grau de parentesco menores são as diferenças existentes na sequência de aminoácidos numa proteína.
  • Argumentos biogeográficos: defendem que as espécies tendem a ser mais semelhantes quanto maior é a sua proximidade geográfica.
  • Argumentos citológicos: a célula é a unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos e com processos metabólicos semelhantes entre si, o que indica uma origem comum.
  • Argumentos embrionários: o estudo comparado de embriões releva semelhanças nas primeiras etapas do seu desenvolvimento e estruturas comuns em embriões de diferentes grupos.
     Existem ainda muitos outros argumentos que apoiam o evolucionismo. 

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